Inadimplência em alta no Brasil: como o varejo pode se adaptar e vender com mais segurança na nova era do crédito
A inadimplência no Brasil segue em níveis elevados e já impacta profundamente o varejo. Entenda o cenário atual, as causas do aumento das dívidas e como os lojistas podem se adaptar, proteger seu caixa e conceder crédito com mais inteligência.
por Marco Coelho
11/25/20253 min read


Inadimplência em alta: um alerta importante para o varejo brasileiro
O cenário econômico dos últimos anos trouxe diversos desafios para o consumo no país e um deles se tornou especialmente sensível para o varejo: a inadimplência crescente da população. Hoje, milhões de brasileiros enfrentam dificuldades para manter suas contas em dia, e esse movimento afeta diretamente as vendas, o fluxo de caixa e a tomada de decisões comerciais das lojas.
Entender essa realidade é essencial para que o varejista se adapte à nova dinâmica do crédito e consiga vender com segurança, evitando prejuízos e preservando a saúde financeira do negócio.
📊 O panorama atual: inadimplência em níveis historicamente elevados
Diversas pesquisas nacionais mostram que o Brasil vive um dos maiores índices de inadimplência dos últimos anos.
Entre os dados mais relevantes do momento:
Mais de 71 milhões de brasileiros possuem alguma dívida em atraso.
43% da população adulta está inadimplente.
30,5% das famílias relatam contas atrasadas, segundo a CNC.
A inadimplência é mais comum entre pessoas de 30 a 49 anos, faixa predominante entre consumidores ativos no varejo.
O valor médio devido por inadimplentes gira em torno de R$ 4.800, mas grande parte das dívidas são de baixo valor, abaixo de R$ 500, indicando recorrência e fragilidade financeira.
Para o varejo, esses números significam uma coisa: vender sem critérios claros está cada vez mais arriscado.
📉 Por que a inadimplência vem aumentando?
O aumento das dívidas atrasadas no país não é fruto de um único fator, mas da combinação de vários elementos que pressionam o orçamento das famílias.
1. Juros altos e crédito caro
Financiamentos, cartões, crediários e parcelamentos estão mais caros do que nunca, o que aumenta o risco e dificulta a quitação.
2. Custo de vida elevado
Apesar de alguns indicadores positivos no mercado de trabalho, a renda real permanece pressionada pelo custo de vida.
3. Compras impulsionadas pelo digital
O comércio eletrônico e os apps de compra estimulam pequenos parcelamentos contínuos, que se acumulam com facilidade.
4. Dívidas antigas e reincidentes
Há um crescimento significativo de dívidas com mais de 3 anos de atraso, que continuam impactando o score do consumidor.
5. Desigualdade regional na recuperação
Regiões como Norte e Centro-Oeste enfrentam dificuldades econômicas mais intensas, influenciando o comportamento de crédito.
Esse conjunto cria um ambiente delicado, no qual muitos consumidores têm vontade de comprar, mas não possuem segurança financeira para assumir novas parcelas.
🛍️ O impacto direto no varejo
Quando o cliente atrasa pagamentos ou deixa de honrar compromissos, o prejuízo não pesa apenas para instituições financeiras. O varejo sente a pressão na prática:
redução no fluxo de caixa,
queda de margens em vendas parceladas,
necessidade constante de renegociação,
dificuldade de prever receita futura,
aumento do risco ao vender para clientes novos.
Por isso, cada vez mais lojistas estão repensando a forma como concedem crédito ou permitem parcelamentos.
🔍 A nova postura do varejo: crédito com inteligência
Com o avanço da inadimplência, cresce uma tendência importante: o varejo está se tornando mais criterioso, adotando um modelo de análise de crédito semelhante ao que grandes redes já praticam.
Em vez de vender “no olho”, o lojista brasileiro começa a buscar:
informações sobre o perfil financeiro do cliente,
indicadores de risco,
consultas prévias,
melhores critérios para aprovar ou não um parcelamento,
maior segurança ao vender a prazo.
Essa mudança não significa restringir completamente o crédito, mas concedê-lo de forma mais profissional, justa e segura.
📈 Crédito bem concedido significa varejo mais forte
As lojas que adotam esse novo modelo tendem a:
reduzir perdas com inadimplência,
vender mais com previsibilidade,
proteger o caixa,
oferecer condições diferenciadas para bons pagadores,
fidelizar clientes com transparência e responsabilidade,
tomar decisões embasadas em dados, e não em achismo.
Essa é a direção para uma nova era do varejo brasileiro, mais madura, mais analítica e muito mais preparada para lidar com diferentes perfis de consumidores.
🏁 Conclusão: o momento pede adaptação e o varejo que se atualizar primeiro vai liderar
O crescimento da inadimplência no Brasil é um sinal de alerta para todo o mercado. Ao mesmo tempo, representa uma oportunidade para os lojistas que desejam evoluir seus processos e adotar práticas de concessão de crédito mais inteligentes.
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